Quem vive a missão de dar,
O que mais belo tem,
Contribui para que o Mundo,
Reze a paz e cante o bem,
Como tu Eugénia sempre fizeste.
Apesar de não ter tido muito contacto contigo,
nestes últimos dias, foste para mim sem dúvida
Um exemplo em toda a acepção da palavra.
Fazes muita falta mana
domingo, 12 de abril de 2009
5ª feira de paixão; 6ª feira santa; sábado e aleluia; domingo de páscoa;
depois do sofrimento e morte, a ressurreição e redenção como consequência natural.
faz sentido? se houve tempos em que nem tanto, quanto maior o conhecimento que vou tendo do mundo e da vida, tanto mais sentido me faz.
<<... porque o amor vence a morte!>> ouço dizer na missa.
acho que o dizem sem o perceber realmente. assim como tu nos explicas.
que a morte, de facto, não existe. apenas tu aí e nós aqui.
problema nenhum. tudo está exactamente como deve estar.
abraço enorme enorme enorme, daqui até aí.
cat
depois do sofrimento e morte, a ressurreição e redenção como consequência natural.
faz sentido? se houve tempos em que nem tanto, quanto maior o conhecimento que vou tendo do mundo e da vida, tanto mais sentido me faz.
<<... porque o amor vence a morte!>> ouço dizer na missa.
acho que o dizem sem o perceber realmente. assim como tu nos explicas.
que a morte, de facto, não existe. apenas tu aí e nós aqui.
problema nenhum. tudo está exactamente como deve estar.
abraço enorme enorme enorme, daqui até aí.
cat
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Boas fotos.
mostram bem a boa disposição com que uns e outros estivémos naquele relvado, sobre aquela vista de cortar a respiração.
muito obrigada, Ricardo.
agradece por mim ao teu pai e à tua mãe, por esta e todas as outras vezes em que nos abriram as suas casas. foi sempre muito bom. sempre com um sabor especial.
um beijo grande para eles.
outro para ti e Cláudia.
mostram bem a boa disposição com que uns e outros estivémos naquele relvado, sobre aquela vista de cortar a respiração.
muito obrigada, Ricardo.
agradece por mim ao teu pai e à tua mãe, por esta e todas as outras vezes em que nos abriram as suas casas. foi sempre muito bom. sempre com um sabor especial.
um beijo grande para eles.
outro para ti e Cláudia.
terça-feira, 7 de abril de 2009
noite de 5 abril e ontem, 6 abril - sem palavras.
ou pelo menos sem necessidade delas.
como se nada haja a dizer.
está tudo bem. tudo bem.
bem fizeste em não ter ido, Eugénia.
Deves ter tanto mais onde ir.
tanto mais.
nós com a veleidade de que nos acompanhas, olhas por nós,...,
desculpa as nossas vistas curtas.
vai, minha querida. vai. segredava-te ao ouvido.
sem procupações. vai. está tudo bem. problemas nenhuns. nós estamos aqui.
e afagava-te a cabeça, a face, a mão.
quase que agora percebo o alcance destas minhas palavras.
quase.
cat
ou pelo menos sem necessidade delas.
como se nada haja a dizer.
está tudo bem. tudo bem.
bem fizeste em não ter ido, Eugénia.
Deves ter tanto mais onde ir.
tanto mais.
nós com a veleidade de que nos acompanhas, olhas por nós,...,
desculpa as nossas vistas curtas.
vai, minha querida. vai. segredava-te ao ouvido.
sem procupações. vai. está tudo bem. problemas nenhuns. nós estamos aqui.
e afagava-te a cabeça, a face, a mão.
quase que agora percebo o alcance destas minhas palavras.
quase.
cat
segunda-feira, 6 de abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
5 de Abril
Hoje era o dia
De nos pormos aos pulos
A chocalhar fantasias
De cantarmos mais alto
Que o ruído da cidade
De cozinharmos tartes
E de comermos bolo de chocolate
Para dançarmos até a música se cansar.
Hoje era o dia garantido
Do piquenique na mata
Um canto de paisagem pintado de euforia
Das gargalhadas estendidas
Na terra fresca...
Hoje era o dia
Em que o sol, ao pôr-se,
Nos mentia
Porque este dia nunca acabava.
De nos pormos aos pulos
A chocalhar fantasias
De cantarmos mais alto
Que o ruído da cidade
De cozinharmos tartes
E de comermos bolo de chocolate
Para dançarmos até a música se cansar.
Hoje era o dia garantido
Do piquenique na mata
Um canto de paisagem pintado de euforia
Das gargalhadas estendidas
Na terra fresca...
Hoje era o dia
Em que o sol, ao pôr-se,
Nos mentia
Porque este dia nunca acabava.
sábado, 4 de abril de 2009
Passagem de 2008 para 2009
Este ano, mais uma vez, combinei um encontro para passarmos juntos o ano. Desta vez foi tudo muito à pressa, foi decidido na véspera e não se pode dizer que tratasse de uma festa porque não houve tempo para isso. Como tal, vieram alguns daqueles amigos que há centenares de anos comungam juntos estes e outros momentos festivos e não festivos. A Eugénia foi a primeira a chegar, mas disse-me logo que deixava o Manel e ia para outras festas porque nós somos sempre os mesmos e ela ia arranjar noivo. Vinha muito bonita: com uma sombra azul nas pálpebras, um brinco de onde pendia uma pena também azul e os lábios pintados de rosa pálido. Só o gorro não condizia: era um gorro do Manel, segundo me disse. Como eu tinha andado a crochetar boinas de lã para oferecer no Natal, disse-lhe que me tinha sobrado uma branca ideal para noivar - como manda a lei. Ela levou-a – ia muito bonita mesmo. A boina tinha uma flor. Nessa noite regressou para junto de nós a tempo de soprarmos as velas do Manel, como estava combinado. E adormeceu, a nossa linda noiva.
Pintura da Eugénia
A nossa amiga e-terna
Tenho um longo percurso com a Eugénia.
Vejam bem o que são longos percursos! Nesta tão curta distância entre o acordar e o ocaso – foram as almas grandes, as génias e os génios que inventaram a eternidade.
Conheci a Eugénia numa das minhas aulas da António Arroio. Lembro-me muito bem desse dia porque a Eugénia surgiu exactamente assim com aquela maneira de fazer guardar na memória as coisas. Se ela não tivesse aparecido, esse dia estava para aqui misturado com tantos outros desse ano lectivo em que eu e o Rodrigo partilhávamos uma longa mesa de madeira ao fundo da sala, onde brotávamos riscos e tintas.
Como disse, num dos primeiros dias de aulas (isto era lá pelos anos 80 – esta coisa da eternidade não tem datas), estávamos os dois a desenhar ou a pintar, e como grandes artistas que éramos, estávamos a olhar para o papel colocado sobre a mesa, onde botávamos forma. Aproximou-se alguém, e-terna voz ouvi: «Vou pedir para mudar para esta turma...». Foi assim que para mim nasceu a Eugénia. A direcção da escola nunca aceitou a transferência da minha (já) amiga, mas desde esse dia mantivemo-nos na mesma turma eterna, claro! E nem queiram saber o que foram estes anos de eternidade!
Vejam bem o que são longos percursos! Nesta tão curta distância entre o acordar e o ocaso – foram as almas grandes, as génias e os génios que inventaram a eternidade.
Conheci a Eugénia numa das minhas aulas da António Arroio. Lembro-me muito bem desse dia porque a Eugénia surgiu exactamente assim com aquela maneira de fazer guardar na memória as coisas. Se ela não tivesse aparecido, esse dia estava para aqui misturado com tantos outros desse ano lectivo em que eu e o Rodrigo partilhávamos uma longa mesa de madeira ao fundo da sala, onde brotávamos riscos e tintas.
Como disse, num dos primeiros dias de aulas (isto era lá pelos anos 80 – esta coisa da eternidade não tem datas), estávamos os dois a desenhar ou a pintar, e como grandes artistas que éramos, estávamos a olhar para o papel colocado sobre a mesa, onde botávamos forma. Aproximou-se alguém, e-terna voz ouvi: «Vou pedir para mudar para esta turma...». Foi assim que para mim nasceu a Eugénia. A direcção da escola nunca aceitou a transferência da minha (já) amiga, mas desde esse dia mantivemo-nos na mesma turma eterna, claro! E nem queiram saber o que foram estes anos de eternidade!
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Flashes da Eugénia
Flashes da Eugénia: desengonçada, um bocado na expectativa, à espera do que os outros tinham para dizer, sempre com um meio sorriso pronto a desaguar num "isso era/é muito fixe". Frente à Brasileira, a fazer o número da Banana Salvadora, sem sair do sério como o verdadeiro artista, sem perder a compostura nem mesmo quando as vendedeiras levam a brincadeira para a malícia óbvia; à cata de moldes para a fragata D. Fernando (salvo erro), transformando os amigos em estátuas remadoras na exaltação da Pátria (ou algo do género); a brincar com o Manel na casa da Calçada de Sant'Ana e a dizer que está a pensar ir "uns tempos" para o Brasil e eu a vingar-me e a dizer também: "Isso é fixe"; nas manifs dos Felizes a perguntar "O que é que é preciso fazer?" Há pessoas que mesmo quando tudo lhes corre bem estão stressadas (é o meu caso); a Eugénia estava sempre bem , ao longo de 20 anos de amizade não me lembro do contrário. Isto não tem a ver, acho, com qualquer "sabedoria profunda" mas com algo de mais simples: há pessoas que, como o Obélix, caem no caldeirão da poção mágica e são assim... porque sim. Até porque sei que a Eugénia tinha as suas turbulências, qualquer pessoa que quer fazer coisas as tem, coisas criativas, e a Eugénia andou por várias paragens, ou melhor, aragens (dado que não parava), só que não as expunha demasiado, nem deixava que a incomodassem ou incomodassem os outros.
O engraçado é que a consigo imaginar com 60 anos, e sei que ela teria muito mais vocação para usufruir jovem e bonita essa idade do que a maioria das pessoas. Agora temos de imaginar essa festa e essa presença: quão bom será ter connosco a Eugénia em 2029?
O engraçado é que a consigo imaginar com 60 anos, e sei que ela teria muito mais vocação para usufruir jovem e bonita essa idade do que a maioria das pessoas. Agora temos de imaginar essa festa e essa presença: quão bom será ter connosco a Eugénia em 2029?
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Gucherre ou Guxerre?
Ola!
Gostava de partilhar convosco este episodio. Deve ter acontecido no inicio dos anos noventa. A E. organizou uma festa de fim-de-ano no Gucherre (uma de muitas! e que festa!). Ainda hoje nao sei onde fica o Gucherre...
Eu tinha ido passar o Natal com os meus pais a Madeira (sou de la) mas no dia 31 antes do fogo voei para Lisboa num aviao quase vazio para ir a festa da E. Podia la eu faltar?
Desencaminhei uns amigos e fomos a procura do sitio. A Luisa conduzia, o Luis ia ao lado e eu ia atras lendo com alguma dificuldade um pequeno mapa entra a arte experimental e o poema que a E. nos fizera.
Primeiro auto-estrada e depois o numero de faixas foi reduzindo. As tantas era um caminhinho de terra aos altos e baixos. Ah, ia me esquecendo. Partimos de Lisboa ao fim do dia.
E andamos, andamos, andamos. Entretanto pos-se noite. Aquele negrume que so se encontra no meio do campo. Apareciam e desapareciam vultos iluminados pelos farois. Estavamos perdidos, literalmente, no meio do Universo. E atrasados. Faltava pouco para a meia-noite.
"Onde fica o Gucherre?" "Sabe me dizer aonde fica o Gucherre?" "Ainda estamos muito longe do Gucherre?".
E no meio de nenhures a duas ou tres aldeias de distancia ( ja estavamos em desespero!) um aldeao, iluminado pelos farois, aproxima-se da janela do carro e pergunta:
"Tambem vao para a festa da Eugenia?"
Era assim. So por pouco nao alterava a toponimia dos sitios por onde passava.
Saudades, Gilberto.
Gostava de partilhar convosco este episodio. Deve ter acontecido no inicio dos anos noventa. A E. organizou uma festa de fim-de-ano no Gucherre (uma de muitas! e que festa!). Ainda hoje nao sei onde fica o Gucherre...
Eu tinha ido passar o Natal com os meus pais a Madeira (sou de la) mas no dia 31 antes do fogo voei para Lisboa num aviao quase vazio para ir a festa da E. Podia la eu faltar?
Desencaminhei uns amigos e fomos a procura do sitio. A Luisa conduzia, o Luis ia ao lado e eu ia atras lendo com alguma dificuldade um pequeno mapa entra a arte experimental e o poema que a E. nos fizera.
Primeiro auto-estrada e depois o numero de faixas foi reduzindo. As tantas era um caminhinho de terra aos altos e baixos. Ah, ia me esquecendo. Partimos de Lisboa ao fim do dia.
E andamos, andamos, andamos. Entretanto pos-se noite. Aquele negrume que so se encontra no meio do campo. Apareciam e desapareciam vultos iluminados pelos farois. Estavamos perdidos, literalmente, no meio do Universo. E atrasados. Faltava pouco para a meia-noite.
"Onde fica o Gucherre?" "Sabe me dizer aonde fica o Gucherre?" "Ainda estamos muito longe do Gucherre?".
E no meio de nenhures a duas ou tres aldeias de distancia ( ja estavamos em desespero!) um aldeao, iluminado pelos farois, aproxima-se da janela do carro e pergunta:
"Tambem vao para a festa da Eugenia?"
Era assim. So por pouco nao alterava a toponimia dos sitios por onde passava.
Saudades, Gilberto.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
As vidas que tu tocas, Eugénia...impressionante.
antes, como agora.
Pessoas que durante anos não te viram e na vida de quem estás tão tão presente.
Hoje chorei-te com a Cristina, mas sabes? não é desgosto. é comoção.
é aquele amor de que falas nas tuas palavras.
tão presente Eugénia, tão presente.
do outro lado apenas.
sinto-o inequivocamente.
sê feliz minha amiga.
como sempre.
cat
antes, como agora.
Pessoas que durante anos não te viram e na vida de quem estás tão tão presente.
Hoje chorei-te com a Cristina, mas sabes? não é desgosto. é comoção.
é aquele amor de que falas nas tuas palavras.
tão presente Eugénia, tão presente.
do outro lado apenas.
sinto-o inequivocamente.
sê feliz minha amiga.
como sempre.
cat
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