Ola!
Gostava de partilhar convosco este episodio. Deve ter acontecido no inicio dos anos noventa. A E. organizou uma festa de fim-de-ano no Gucherre (uma de muitas! e que festa!). Ainda hoje nao sei onde fica o Gucherre...
Eu tinha ido passar o Natal com os meus pais a Madeira (sou de la) mas no dia 31 antes do fogo voei para Lisboa num aviao quase vazio para ir a festa da E. Podia la eu faltar?
Desencaminhei uns amigos e fomos a procura do sitio. A Luisa conduzia, o Luis ia ao lado e eu ia atras lendo com alguma dificuldade um pequeno mapa entra a arte experimental e o poema que a E. nos fizera.
Primeiro auto-estrada e depois o numero de faixas foi reduzindo. As tantas era um caminhinho de terra aos altos e baixos. Ah, ia me esquecendo. Partimos de Lisboa ao fim do dia.
E andamos, andamos, andamos. Entretanto pos-se noite. Aquele negrume que so se encontra no meio do campo. Apareciam e desapareciam vultos iluminados pelos farois. Estavamos perdidos, literalmente, no meio do Universo. E atrasados. Faltava pouco para a meia-noite.
"Onde fica o Gucherre?" "Sabe me dizer aonde fica o Gucherre?" "Ainda estamos muito longe do Gucherre?".
E no meio de nenhures a duas ou tres aldeias de distancia ( ja estavamos em desespero!) um aldeao, iluminado pelos farois, aproxima-se da janela do carro e pergunta:
"Tambem vao para a festa da Eugenia?"
Era assim. So por pouco nao alterava a toponimia dos sitios por onde passava.
Saudades, Gilberto.
Fazes muita falta mana
quinta-feira, 2 de abril de 2009
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