Flashes da Eugénia: desengonçada, um bocado na expectativa, à espera do que os outros tinham para dizer, sempre com um meio sorriso pronto a desaguar num "isso era/é muito fixe". Frente à Brasileira, a fazer o número da Banana Salvadora, sem sair do sério como o verdadeiro artista, sem perder a compostura nem mesmo quando as vendedeiras levam a brincadeira para a malícia óbvia; à cata de moldes para a fragata D. Fernando (salvo erro), transformando os amigos em estátuas remadoras na exaltação da Pátria (ou algo do género); a brincar com o Manel na casa da Calçada de Sant'Ana e a dizer que está a pensar ir "uns tempos" para o Brasil e eu a vingar-me e a dizer também: "Isso é fixe"; nas manifs dos Felizes a perguntar "O que é que é preciso fazer?" Há pessoas que mesmo quando tudo lhes corre bem estão stressadas (é o meu caso); a Eugénia estava sempre bem , ao longo de 20 anos de amizade não me lembro do contrário. Isto não tem a ver, acho, com qualquer "sabedoria profunda" mas com algo de mais simples: há pessoas que, como o Obélix, caem no caldeirão da poção mágica e são assim... porque sim. Até porque sei que a Eugénia tinha as suas turbulências, qualquer pessoa que quer fazer coisas as tem, coisas criativas, e a Eugénia andou por várias paragens, ou melhor, aragens (dado que não parava), só que não as expunha demasiado, nem deixava que a incomodassem ou incomodassem os outros.
O engraçado é que a consigo imaginar com 60 anos, e sei que ela teria muito mais vocação para usufruir jovem e bonita essa idade do que a maioria das pessoas. Agora temos de imaginar essa festa e essa presença: quão bom será ter connosco a Eugénia em 2029?
Fazes muita falta mana
sexta-feira, 3 de abril de 2009
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