
Fazes muita falta mana
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
do outro lado do sol
já se passaram 6 meses... parece que foi ontem. A vida tem sido uma montanha russa desde que partiste. Ainda me custa pensar que não estás cá. Sinto que tenho obrigação de te completar de qualquer maneira, ainda não descobri o modo até porque ainda não acabei de te descobrir.
dorme bem mana
dorme bem mana
terça-feira, 28 de julho de 2009
e chegou mais um dia dos meus anos. como sempre, terei a casa cheia de amigos (nunca me falham!). passei pelo teu número na minha agenda no telemóvel, mas evidentemente, não liguei. agora, atendes de outra maneira. e tenho a certeza que vamos ter a tua presença, aqui, hoje.
um grande grande beijo génia querida.
cat
um grande grande beijo génia querida.
cat
quinta-feira, 2 de julho de 2009
passo miraflores a caminho de um qualquer jantar. raras vezes passo nessa zona. e de cada vez, penso que ali mora a minha amiga eugénia. quer dizer, agora não, que está no alto de sto amaro, ou no brasil, ou em alfragide, ou...
não consigo pensar muito diferente agora. como antes, sei que é só uma questão de tempo voltarmos a estar. aliás, vamos estando.
num sonho, sigo-te a nado na travessia de um lago. é noite e a água está escura como o céu estrelado. sinto algum receio. aproximamo-nos de uma margem onde 5, talvez 7 vultos perfilados nos vêem chegar. o seu aspecto destratado, como sem abrigos causa-me receio também. mas não - conhecem-te. são teus amigos. está tudo bem. já numa casa ou cabana, as tabuínhas finas das janelas filtram o luar. continua noite. muito tranquila. que sossego me dás.
noutro sonho, cruzo-me com uma rapariga de 20 anos igualzinha a ti. mesmo parecida. vem acompanhada da família, num ambiente de férias ou fds. não resisto a estabelecer contacto com ela. apresento-me. falo-lhe de ti. da vossa parecença. ela é bastante receptiva. combinamos voltar a encontrar-nos. permitir-me conhecê-la melhor. que saudade tão grande tão grande tua, esta rapariga me traz. pergunto-me se ela representará a imagem que guardo tua, por volta dessa idade? quando ainda não tínhamos maridos nem filhos nem nada que nos condicionasse. só férias extraordinárias.
e agora? neste momento?
bom. neste momento preciso, estás aqui, nos meus pensamentos. quem sabe, mais logo, num sonho? na risada de alguém na mesa ao lado, no restaurante. nas palavras da raquel. no legado dos teus filhos. no afecto do teu irmão. na pele dos teus pais.
no olhar vago de cada um de nós. o que importa? estás aí, enquanto nós estivermos aqui e pronto. e depois? logo se verá. pra quê saber tudo?
não consigo pensar muito diferente agora. como antes, sei que é só uma questão de tempo voltarmos a estar. aliás, vamos estando.
num sonho, sigo-te a nado na travessia de um lago. é noite e a água está escura como o céu estrelado. sinto algum receio. aproximamo-nos de uma margem onde 5, talvez 7 vultos perfilados nos vêem chegar. o seu aspecto destratado, como sem abrigos causa-me receio também. mas não - conhecem-te. são teus amigos. está tudo bem. já numa casa ou cabana, as tabuínhas finas das janelas filtram o luar. continua noite. muito tranquila. que sossego me dás.
noutro sonho, cruzo-me com uma rapariga de 20 anos igualzinha a ti. mesmo parecida. vem acompanhada da família, num ambiente de férias ou fds. não resisto a estabelecer contacto com ela. apresento-me. falo-lhe de ti. da vossa parecença. ela é bastante receptiva. combinamos voltar a encontrar-nos. permitir-me conhecê-la melhor. que saudade tão grande tão grande tua, esta rapariga me traz. pergunto-me se ela representará a imagem que guardo tua, por volta dessa idade? quando ainda não tínhamos maridos nem filhos nem nada que nos condicionasse. só férias extraordinárias.
e agora? neste momento?
bom. neste momento preciso, estás aqui, nos meus pensamentos. quem sabe, mais logo, num sonho? na risada de alguém na mesa ao lado, no restaurante. nas palavras da raquel. no legado dos teus filhos. no afecto do teu irmão. na pele dos teus pais.
no olhar vago de cada um de nós. o que importa? estás aí, enquanto nós estivermos aqui e pronto. e depois? logo se verá. pra quê saber tudo?
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Os peixes
Quando eu era criança passava, por vezes, férias numa aldeia perdida no centro do país. É mesmo no centro, medindo de todos os lados – se quiséssemos traçar uma circunferência, espetaríamos ali a ponta do compasso.
Um dos meus passatempos consistia em tentar apanhar com as mãos os peixinhos da ribeira. Guardava-os num frasco e depois soltava-os e via-os ir.
Uma vez levei-os para casa e enchi a banheira para manter os meus amigos perto de mim, mas as autoridades lá de casa impuseram o regresso imediato dos peixes ao seu habitat. As autoridades eram todos excepto eu – ninguém queria abdicar do banho por causa dos meus frágeis companheiros ali retidos, argumentando que estavam muito infelizes.
Nesse jogo de apanhar peixes à mão, a maior parte deles escapavam por entre os dedos e desapareciam sem retorno. A Eugénia fez-me relembrar essa sensação – escorregadia, escapou-se e acolheu-se no mistério que a transparência das águas pode encobrir... para onde eu olhava tempos infinitos esperando rever o pequeno peixe que se empenhara em ser livre.
Um dos meus passatempos consistia em tentar apanhar com as mãos os peixinhos da ribeira. Guardava-os num frasco e depois soltava-os e via-os ir.
Uma vez levei-os para casa e enchi a banheira para manter os meus amigos perto de mim, mas as autoridades lá de casa impuseram o regresso imediato dos peixes ao seu habitat. As autoridades eram todos excepto eu – ninguém queria abdicar do banho por causa dos meus frágeis companheiros ali retidos, argumentando que estavam muito infelizes.
Nesse jogo de apanhar peixes à mão, a maior parte deles escapavam por entre os dedos e desapareciam sem retorno. A Eugénia fez-me relembrar essa sensação – escorregadia, escapou-se e acolheu-se no mistério que a transparência das águas pode encobrir... para onde eu olhava tempos infinitos esperando rever o pequeno peixe que se empenhara em ser livre.
terça-feira, 9 de junho de 2009
A história das cenouras - saudades
Aqui vai uma das histórias que tenho escrito sobre as minhas aventuras com a Eugénia, desde que perdi a vantagem de poder estar com ela, nem que fosse para implicarmos uma com a outra. Nem que fosse para não dizer nada.
Uma vez, eu e a Eugénia zangámo-nos por uma questão de cenouras. (Nós volta e meia marrávamos porque eu sou Touro e ela Carneiro – deve ser isso). Estávamos em Sesimbra e decidimos fazer uma sopa. No supermercado havia um caixote de madeira com cenouras de vários tamanhos. Eu queria comprar várias cenouras pequenas e a Eugénia apenas uma grande. Eu argumentei que as pequenas eram mais tenras e a Eugénia disse que uma grande dava menos trabalho a descascar. Mantivemo-nos durante uns bons minutos a aprofundar a teoria da cenoura prá sopa. Estávamos grávidas e picuinhas. Julgo que foi por isso que nos saltou a intelectualidade prás cenouras. Levámos a cenoura grande e depois de comermos a sopa já estava tudo esquecido. A outra vez que me lembro de me aborrecer com a Eugénia foi quando ela disse que ia para o Brasil. Eu não percebia o que é que ela ia fazer para um sítio onde não tinha conforto para cuidar de si... e havia tubarões e jacarés nas sedutoras águas do paraíso (fartei-me de rezingar até ao disparate). Também me passou a birra porque tinha de ser assim. Ela enviou-me uma linda mensagem do Brasil, que ainda hoje guardo no meu telemóvel: «Querida Raquel! Um grande abraço do Brasil de parabéns! A tua força e coragem ajudam-me sempre! Estou numa fase frágil de mudança e pessoas que me são queridas e importantes estão muito presentes. Aqui é muito bonito! Espero que estejas bem com força energia e animação! Grande abraço Raquel querida.». Foi em Maio, p’los meus anos.
A verdade é que há muito tempo que não vejo se compro cenouras grandes, pequenas ou tenras, porque pego à pressa naqueles sacos de supermercado sarapintados de vermelho para acreditarmos que as cenouras têm uma cor viva e fresca. A Eugénia escolheu tudo o que fez. As cenouras sabem a pacote. E que falta me fazem as birras entre mim e a Eugénia!
4/04/09
Uma vez, eu e a Eugénia zangámo-nos por uma questão de cenouras. (Nós volta e meia marrávamos porque eu sou Touro e ela Carneiro – deve ser isso). Estávamos em Sesimbra e decidimos fazer uma sopa. No supermercado havia um caixote de madeira com cenouras de vários tamanhos. Eu queria comprar várias cenouras pequenas e a Eugénia apenas uma grande. Eu argumentei que as pequenas eram mais tenras e a Eugénia disse que uma grande dava menos trabalho a descascar. Mantivemo-nos durante uns bons minutos a aprofundar a teoria da cenoura prá sopa. Estávamos grávidas e picuinhas. Julgo que foi por isso que nos saltou a intelectualidade prás cenouras. Levámos a cenoura grande e depois de comermos a sopa já estava tudo esquecido. A outra vez que me lembro de me aborrecer com a Eugénia foi quando ela disse que ia para o Brasil. Eu não percebia o que é que ela ia fazer para um sítio onde não tinha conforto para cuidar de si... e havia tubarões e jacarés nas sedutoras águas do paraíso (fartei-me de rezingar até ao disparate). Também me passou a birra porque tinha de ser assim. Ela enviou-me uma linda mensagem do Brasil, que ainda hoje guardo no meu telemóvel: «Querida Raquel! Um grande abraço do Brasil de parabéns! A tua força e coragem ajudam-me sempre! Estou numa fase frágil de mudança e pessoas que me são queridas e importantes estão muito presentes. Aqui é muito bonito! Espero que estejas bem com força energia e animação! Grande abraço Raquel querida.». Foi em Maio, p’los meus anos.
A verdade é que há muito tempo que não vejo se compro cenouras grandes, pequenas ou tenras, porque pego à pressa naqueles sacos de supermercado sarapintados de vermelho para acreditarmos que as cenouras têm uma cor viva e fresca. A Eugénia escolheu tudo o que fez. As cenouras sabem a pacote. E que falta me fazem as birras entre mim e a Eugénia!
4/04/09
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